domingo, 16 de novembro de 2025

Como orar

O modo correto de orar.
Como fazer da nossa oração uma aproximação ou conexão realmente eficiente com Deus? Para isso é preciso conhecer e aplicar de modo correto as leis da mente. Trata-se do tema do texto abaixo. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.


“ A CHAVE DA CONCRETIZAÇÃO DA ORAÇÃO

Se a sua oração não é ouvida, isso é porque você não conhece as leis da oração. É de fato surpreendente que haja pessoas que oram sem saber o que é a oração. Orar não é juntar as palmas das mãos diante de um altar, abaixar a cabeça e rogar a Deus que conceda uma lista de pedidos. Sem dúvida, essa também é uma forma de oração, mas ela não produz muito efeito prático.

Oração é declarar algo a partir do fundo da nossa vida. Se alguém prostrar-se, suplicando, ‘Sou muito infeliz. Deus, por piedade, salve-me!’, na verdade, está declarando do fundo da sua vida que é infeliz, e isso é equivalente a orar por infelicidade. Segundo a lei da mente, manifesta-se concretamente aquilo que foi mentalizado do fundo da vida. Portanto, se uma pessoa infeliz, que deseje a felicidade, afirmar em sua oração ‘Sou infeliz!’, tornar-se-á ainda mais infeliz, exatamente como pensa que é. Quem deseja ser feliz, deve, primeiramente, agradecer: ‘Deus, eu sou feliz. Muito obrigado!’. Assim, ele declarará, do fundo da alma, que é feliz, e isso pode ser considerado como uma oração que realiza a felicidade.

Quando você acreditar ‘Já recebi coisas boas!’ e agradecer a Deus, receberá exatamente isso. Jesus, o Cristo, foi um gênio na arte de realizar algo através da oração. E ele nos ensinou que ‘E, tudo que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.’ Você receberá aquilo que deseja, de acordo com a intensidade com que pensa que já possui isso. Referindo-se a isso, Cristo disse ‘Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.’ ‘Buscar o reino de Deus’ significa delinear na mente, com confiança e nitidez, o reino de Deus, que já existe. Segundo a lei da mente, tudo que for delineado com nitidez na mente, se manifestará neste mundo visível.

Por isso, Cristo sempre incentivou que se delineasse com nitidez na mente a coisa desejada e que se tivesse confiança em sua concretização. Ele disse que ‘o vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes’, e ‘Pedi, e vos será dado. (…) E qual, dentre vós, é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?’, assim ensinando a importância de se ter a certeza de que se receberá aquilo que se busca.

Assim, Deus deseja intensamente dar tudo a você e, portanto, não há necessidade de suplicar-Lhe, com receio de que Ele não lhe conceda aquilo que deseja. Você deve orar com sentimento de total confiança de que ‘Deus já me concedeu isso’, com a mente alegre, repleta de esperança.

Dirija-se a Deus com sentimento de total confiança: ‘Eu sou teu filho unigênito!’. É um erro pensar que Deus não nos ouve se não orarmos com palavras solenes, ou arcaicas como as das orações xintoístas do Japão antigo. Se nos dirigirmos a Deus de modo mais descontraído, como uma criança que chama pelo pai, a união entre Deus e o homem se tornará mais íntima, e a nossa mente se ligará melhor a Ele.

Dirija-se a Deus pensando que Ele é o Pai que está sempre dentro de você. Como o cristianismo se refere ao ‘Pai que está nos céus’, talvez você esteja pensando que Deus se encontra muito distante, além das nuvens, mas Jesus disse que ‘o reino de Deus está dentro de vós’. Se você chamar por Deus, logo será atendido, porque o reino de Deus está dentro de você, e o Pai que está nos céus está nesse reino.

Quando você se deparar com algum problema e se sentir incapaz de solucioná-lo, peça a Deus, que está no reino de Deus do seu interior, com toda a sinceridade, o seguinte: ‘Ó Deus, que vive no fundo da minha alma! O meu eu carnal não sabe como resolver esse problema. Peço-Lhe que ensine-me, com a Sua infinita sabedoria, como devo solucioná-lo.’

Quando você orar, faça-o com disposição alegre. Do contrário, você não entrará em sintonia com Deus, que é Luz.


Excertos de Shinri, volume 1, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1954), a partir da tradução em português (1a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, São Paulo, 2002. Texto exclusivamente para estudo e uso pessoal.

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