Meditemos, reflitamos sobre a verdadeira natureza do nosso ser, ou seja a essência do nosso ser. Poderemos atingir, gradativamente, a compreensão de que nossa natureza é espiritual, eterna, pura e inseparável de Deus. Assim corrigindo a nossa visão de nós mesmos e de Deus, livres da ilusão do castigo divno, seguir-se-á o crescimento da paz e harmonia em todas as áreas da nossa vida. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.
“ REJEITANDO A IDEIA DE QUE DEUS SEJA ORIGEM DE CASTIGOS
Na psicanálise existe a expressão ‘sentimento de culpa’. Esta se refere ao estado de espírito daquele que, por se considerar um grande pecador, acredita que dificilmente será perdoado. Há os que impõem a si mesmos tarefas sacrificantes, pensando que dessa forma conseguirão redimir suas faltas. De qualquer modo, porém, todos aqueles que sofrem com infelicidade, pobreza ou doença estão atraindo, consciente ou inconscientemente, tais sofrimentos para si, com a intenção de, como penitência, reparar os pecados. Entretanto, os pecados não formam um aglomerado que, estando amontoado desde o passado, precisem ser retirados um a um para que ele deixe de existir. O pecado é uma espécie de ‘encobrimento’ da essência divina do homem. Portanto, o pecado desaparece quando essa essência divina é contemplada. Como a essência divina do homem é a de ‘filho de Deus’, o pecado (o encobrimento) desaparece quando se reconhece o seguinte: ‘Eu sou filho de Deus, originariamente isento de pecados.’
É estranho que ainda existam pessoas que consideram Deus como um juiz que fica acima dos homens, vigiando-os constantemente, sentindo ira contra os que cometem erros e desejando castigá-los. Como Deus é o ‘princípio do amor’, Ele sempre nos ama e jamais pensa em nos castigar. O castigo nunca vem de fora. É o homem que, por sua conta, causa sofrimento a si próprio com o intuito de pagar o pecado que imagina ter cometido contra Deus.
A ideia de castigo divino, incutida na mente durante a infância, influencia toda a vida de uma pessoa, e, através da autopunição (do resgate do pecado) buscada pelo seu subconsciente, essa pessoa é lançada constantemente à infelicidade. ”
Excertos de Shinri, volume 2, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1954), a partir da tradução em português (1a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, São Paulo, 1984. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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