Considerações sobre a “navegação inteligente pelas águas do destino”. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.
“ PILOTANDO O BARCO DO DESTINO
Um barco a vela tanto pode sair do porto como voltar a ele, conforme o posicionamento de suas velas, mesmo que, nos dois casos, o vento esteja soprando no mesmo sentido. A direção que o barco toma é determinada pela posição das velas, ou seja, de como recebem o vento; ele não fica à mercê do vento. O nosso destino também não fica à mercê da correnteza da Grande Vida. Conforme a posição em que você coloca a vela, o seu barco do destino pode dirigir-se tanto para leste como para oeste; tanto para a saúde como para a doença; tanto para o sucesso como para o fracasso, na correnteza da Grande Vida. É você próprio quem determina a direção do seu ‘barco do destino’. Não devemos culpar os outros.
É verdade que a rota do destino nem sempre é tranquila; às vezes pode sobrevir uma tempestade. Mas, em tais ocasiões, quem é orientado pela sabedoria de Deus poderá ancorar o barco num lugar seguro e conseguirá salvá-lo do naufrágio. Você parte daqui com o objetivo de chegar onde? É preciso definir bem o seu destino. Se você vagar a esmo pelos mares da vida, sem saber para onde ir, quando vier a tempestade você naufragará. A rota da Vida não tem como objetivo o dinheiro, nem o sexo oposto. Nossa vida parte de Deus e volta para Deus. Se você compreendeu bem o objetivo da vida, não há porque vacilar. As riquezas ou a saúde fenomênicas não passam de peças do jogo de xadrez da vida.
Há pessoas que pretendem navegar em direção ao ‘sucesso’, à ‘saúde’, com a vela mental voltada para o ‘fracasso’, para a ‘doença’. Assim, elas se dirigem para a direção contrária à desejada. Somos atraídos por aquilo que pensamos; portanto, se imaginarmos o ‘fracasso’, seremos atraídos pelo fracasso; se imaginarmos a ‘doença’, seremos atraídos pela doença. A jornada da vida é como a travessia de uma ponte estreita colocada sobre um rio que corre entre despenhadeiros; se você não tiver temor, poderá atravessá-lo com muito desembaraço, como um equilibrista de circo; mas, no instante em que sentir temor de que ‘talvez fracasse’, você será atraído pelo fracasso e cairá. Se você nunca imaginar o fracasso, acabará sendo vitorioso na vida. ”
Excertos de Shinri, volume 2, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1954), a partir da tradução em português (1a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, São Paulo, 1984. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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