Sobre a necessidade de equilibrar o senso de humor que nos revigora, e o cuidado de sempre retirar o foco mental dos pontos negativos do próximo. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.
“ NÃO OLHEMOS DEMAIS PARA OS DEFEITOS ALHEIOS
Fazer brilhar o sol na mente é estimular a fonte da criação de todas as coisas. Trabalhando com a mente alegre, você aumentará sua capacidade, melhorará sua eficiência e terá boas ideias. Mesmo aqueles que não tem facilidade para se expressar, conseguirão expor eloquentemente a própria opinião. É preciso que você se dedique com afinco ao trabalho, sem contudo esquecer-se de abrir a janela da mente, por mais que esteja atarefado. É preciso ter alegres recreações nos intervalos do trabalho.
Uma mente espairecida pelo bom humor ilumina e alivia a monotonia da vida. Talvez seja para atender a esta necessidade que ultimamente estão em voga as histórias em quadrinhos. Essas histórias têm a função de fazer penetrar um raio de luz, através da brecha na mente aberta pelo riso, nesta árdua tarefa de enfrentar a vida cotidiana. Nesta existência atarefada é imprescindível que tenhamos a capacidade e a sabedoria para dissipar, com o riso, a melancolia da mente.
O bom humor faz bem, mas não se deve ver os defeitos alheios. As partes humorísticas das histórias em quadrinhos são boas, mas devemos tomar cuidado para que essas publicações não gerem nas crianças a tendência para escarnecer os defeitos e falhas de outrem. Se muitas pessoas de grande talento e inteligência privilegiada vivem à margem da sociedade, é porque enxergam e criticam exageradamente os defeitos alheios. Tornam-se então malquistas pelos demais ao seu redor, e suas ideias magníficas também são rejeitadas. Quem aponta os defeitos alheios terá também criticados os seus próprios defeitos; quem vê os pontos negativos do outro será também atacado em seus próprios pontos negativos.
Assim como Deus não vê os pecados de ninguém, nós também não devemos reparar nos defeitos ou pecados de pessoa alguma; devemos contemplar com o olho mental a natureza divina perfeita, que se aloja no interior de todas as pessoas. ”
Excertos de Shinri, volume 9, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1958), a partir da tradução em português (2a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, 1983. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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