segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Conectando-nos à Vida infinita

O conceito chave para fortalecer e a fé em Deus.
Como podemos destravar o fluxo da Vida infinita divina/cósmica para que nossas vidas individuais sejam irrigadas por ela, ou seja, como restabelecer a conexão com a fonte da nossa vida? Esse é o tema tratado neste pequeno texto, pelo Dr. Masaharu Taniguchi (1893-1985). Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.



“ A FÉ CAPAZ DE MOVER ATÉ MONTANHAS

Os obstáculos que fecham o canal que nos liga a Deus são o medo, as inquietações e as preocupações desnecessárias com o futuro.

Esses pensamentos negativos obstruem o canal da Vida e impedem que recebamos as orientações de Deus, da mesma forma que um pedaço de barbante ou arame firmemente atado numa mangueira de borracha impede a passagem da água. Por maior que seja a força que existe dentro de nós, nada poderemos realizar se ‘atarmos’ com pensamentos negativos o canal através do qual flui a nossa Vida.

Por isso, caros leitores, eliminem de seus corações o medo, as inquietações e as preocupações desnecessárias! Assim, vocês removerão os entulhos que obstruem o canal que liga o seu ‘eu fenomênico’ ao sei ‘Eu Real’, ou seja, a Deus que se aloja em vocês. O que nos possibilita eliminar o medo, as inquietações e preocupações desnecessárias é a ‘fé’. Jesus Cristo se referiu à importância da fé (…) ‘… Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte, passa daqui para acolá, e ele passará, e nada vos será impossível.’ (Mateus 17:19).

Como adquirir uma fé capaz de mover até mesmo os montes? Ela só pode ser alcançada através do ‘renascimento’ – ou seja, através da negação do ‘eu carnal’. Jesus disse: ‘Em verdade, em verdade, vos digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que nascer de novo.’ (João 3:3). As forças do ‘corpo carnal’ são limitadas. Assim sendo, enquanto estivermos convictos de que o ‘corpo carnal’ é o nosso verdadeiro ‘eu’, será impossível deixar de sentir medo e inquietação diante de problemas muito graves. Nessas horas, quando já nos sentimos sem forças, começa a ocorrer em nós a negação do ‘eu carnal’, assim como mencionado por Cristo: ‘De mim mesmo, eu não posso fazer coisa alguma…’ (João 5:30).

Contudo, de nada adianta negarmos simplesmente o nosso ‘eu carnal’, pois, se ficássemos só nisso, não estaríamos fazendo nada mais que adotar uma atitude passiva. O essencial é que, após essa ‘negação’, venha a ‘grande afirmação’, ou seja, a conscientização de que ‘Deus está dentro de cada um de nós, e Ele é que faz as obras’. É, portanto, negar o ‘eu carnal’ e reconhecer o ‘Deus que se aloja em cada um de nós’. Isso é o que significa ‘nascer de novo’, ‘edificar um novo eu’ ou ‘efetuar a transposição do eu’.

Crer em Deus; crer na Sua infinita Bondade, Sabedoria e Amor; crer que Ele é a Fonte de nossa vida, que Ele nos dá a provisão ilimitada, alegria infinita e harmonia infinita; crer que esse Deus eterno, misericordioso, onisciente e onipotente está também dentro de cada um de nós; crer que o ‘Deus que se aloja no homem’ é o mesmo ‘Deus imanente no Universo’ e que, portanto, se pedirmos ao ‘Deus que habita em nós’ a realização de nossos desejos, ‘Deus imanente no Universo’ passará a agir imediatamente no sentido de reunir os elementos necessários para a concretização daquilo que nós desejamos.

Se orarmos acreditando sinceramente nisso, todos os ‘desejos corretos’ do nosso coração se concretizarão infalivelmente. ‘Desejos corretos’ são aqueles que não contrariam os ‘Princípios do Amor’, ou seja, desejos cuja concretização não venha a impedir a realização dos desejos sinceros de outras pessoas ou a causar danos e aborrecimentos a quem quer que seja. ”



Excertos de Kibō wo Kanaeru 365 Sho, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1965), a partir da tradução em português da Seicho-no-Ie do Brasil, 1983. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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