Podemos entender o sentimento de gratidão como a contrapartida espiritual da propriedade física da matéria de refletir a radiação luminosa, portanto iluminando o ambiente ao seu redor. Esta é a analogia proposta pelo Dr. Masaharu Taniguchi, no breve texto a seguir. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.
Quando percebemos que vivemos graças a inúmeras dádivas, tais como o ar, a água, a luz solar etc., que jamais foram feitos por nós, somos naturalmente tomados de um sentimento de gratidão, e temos a necessidade de oferecer algo em retribuição a Deus, ou fazer o bem aos nossos semelhantes. Não vivemos pela nossa própria força; somos vivificados. Ao compreendermos que ‘não é a minha própria força que me faz viver, mas sim a Vida do Pai, que vive imanente no Universo’, não podemos deixar de agradecer a Deus.Ao exercermos perfeitamente, através da gratidão, a ação de refletir as bênçãos recebidas de Deus, aí então a vida começará a se iluminar. O agradecimento é a ação de refletir a dádiva que já foi recebida. Se, por meio de uma nave espacial que se afaste da atmosfera terrestre, atingir-se o vácuo do espaço sideral, ver-se-ão apenas o brilho das estrelas, a Terra, e a própria nave, e ao redor haverá somente escuridão; isto porque em torno está o vácuo, e não há partículas capazes de refletir a luz. Aquele que não possui o sentimento de gratidão em relação às graças recebidas, é um indivíduo no qual não existe aquela propriedade de reflexão, por isso, não obstante viva num mundo de Luz, não há alternativa, senão viver na escuridão.
Mas, além de agradecer a Deus e a todas as pessoas e coisas, não se deve esquecer de agradecer também a si mesmo. Isto porque a sua vida não foi criada por você. Ela é vida recebida de Deus, é a extensão da Vida de Deus. Medite, pois, da seguinte maneira:
‘Louvo a minha vida.
Tu vieste de Deus,
e és a Vida de Deus, imaculada e venerável.
Tu és sempre saudável, forte, robusta.
Não és derrotada por dificuldade alguma,
suportas bem qualquer provação,
e cumpres a preciosa missão recebida de Deus.
Eu te louvo e te agradeço.’ ”
Por Masaharu Taniguchi, excertos de Kofuku wo maneku 365 sho, 1959. Com base na tradução em português de Seicho-no-Ie do Brasil, edição de 1976. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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