quinta-feira, 6 de junho de 2024

As lições da vida cotidiana e a luz da alma

A prática atenta das lições da vida diária pode aumentar o brilho de nossa alma.
A nossa vida cotidiana, com seus afazeres, tarefas, desafios etc, comparada a uma “escola para a alma”, com as suas diversas disciplinas, testes e atividades didáticas. E de como, ao nos dedicarmos de forma atenciosa a essas inúmeras atividades, desenvolvemos o brilho da nossa personalidade... acendemos a luz da nossa alma! Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.



“ A VIDA TERRENA É A ESCOLA DA ALMA

Para nós, seres humanos, viver sobre a face da Terra é estar numa academia de treinamento da alma. A nossa alma emanou de Deus e, portanto, somos filhos de Deus. Ela guarda em si todas as virtudes, a começar pelo bem e belo infinitos. Porém, essas virtudes estão armazenadas no âmago do nosso eu fenomênico, ou seja, na nossa essência, que é a Existência verdadeira, e são invisíveis aos olhos carnais.

Os recursos naturais que se encontram no subsolo só aparecem sobre a superfície da terra quando são escavados e extraídos. De modo similar, as virtudes da alma só se manifestam de forma visível aos olhos carnais e só são passíveis de serem sentidas mentalmente se reveladas através do aprimoramento espiritual. A vida terrena é uma academia onde realizamos esse autoaprimoramento, e as experiências da vida representam o esmeril que nós dá polimento; ou, se compararmos a Terra a uma escola, representam as diversas disciplinas.

Para aprender o idioma inglês é preciso começar pelos conhecimentos básicos. Adquirindo-se sólido domínio das lições básicas, simples e fáceis, o desenvolvimento posterior será mais rápido. Da mesma forma, para aprimorarmos a nossa alma na ‘escola’ chamada vida terrena, devemos ir resolvendo, com toda honestidade e seriedade, os pequeninos incidentes do cotidiano que são facilmente solucionados por qualquer pessoa. Devemos viver agradecendo aos mais insignificantes acontecimentos, cientes de que são dádivas de Deus. O monge budista Nansen afirmou: ‘O caminho da iluminação está nos sentimentos do cotidiano.’

Primeiramente, devemos aprender a iluminar o nosso lar. O lar é a academia da alma mais próxima de nós.

Se o ambiente do seu lar não é radioso e feliz, você, que conheceu a Verdade, precisa em primeiro lugar mudar a si mesmo. O seu ambiente reflete a sua postura mental, o seu modo de viver. SE for acesa uma lâmpada, o seu arredor ficará iluminado. Uma lâmpada de luminosidade fraca só ilumina imediatamente ao seu redor. Quanto mais forte for a luminosidade de uma lâmpada, maior será a área que ela iluminará. Pode ser que você não consiga tornar-se, logo de início, uma luz intensa que ilumine toda a humanidade, mas não será tão difícil a tarefa de iluminar o seu próprio lar. É necessário que você seja, antes de tudo, uma luz a iluminar o seu próprio ambiente. Acenda a luz da sua alma. Se a sua alma se iluminar, é natural que o ambiente onde você vive também se torne iluminado.

Então, de que forma se acende a luz da alma?

Em você se alojou a Vida de Deus e se tornou a sua vida. A luz, portanto, já existe em seu interior. Ela já está acesa, mas as nuvens da ilusão embaçam o ‘vidro da janela da mente’, impedindo a sua exteriorização. Para eliminar essas nuvens da ilusão é preciso lavar o vidro da janela da mente com um forte ‘detergente’ chamado Verdade. Aproveitando as pequeninas oportunidades que apareçam durante o dia, mentalize inúmeras vezes o seguinte: ‘O homem é filho de Deus. O amor de Deus preenche o meu lar.’ Desse modo, você desenvolverá o sentimento de que o seu marido (ou sua esposa), seus filhos e pessoas que trabalham em seu lar são filhos de Deus; e, segundo a intensidade desse sentimento, serão dissipadas as nuvens da ilusão. E, à medida que a sua luz de filho de Deus se tornar mais clara, também a luz divina que se aloja no íntimo de todos os familiares brilhará com mais esplendor. O lar será, assim como ele é, o paraíso. ”


Excertos de Kami to Tomo ni Ikiru Shinri 365 sho, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1992), a partir da tradução em português (5a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, 2007. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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