segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Pensamentos como sementes

Pensamentos são sementes de fatos e coisas do mundo físico.
 Sobre a analogia entre os pensamentos e as sementes. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.



“ O ‘PENSAMENTO’ É A SEMENTE DA REALIZAÇÃO

Aquilo que nós pensamos aparece no mundo das formas através das leis. Se lançarmos nosso ‘pensamento’ no mundo das leis, aparecerá no mundo fenomênico exatamente aquilo que foi pensado por nós. Isso é o mesmo que colocar um filme no projetor e pô-lo em funcionamento: pela ação das leis, surgirão na tela exatamente as imagens gravadas no filme.

Pode-se também comparar o ‘pensamento’ a uma semente. Se o semearmos no mundo das leis, as leis o farão germinar, e, de acordo com as leis, colheremos seus frutos. Se semearmos crisântemos, florescerão crisântemos; se semearmos cardos, florescerão cardos. Então, é natural que surjam doenças se semearmos no mundo mental pensamentos de ‘doença’, e que surjam dificuldades financeiras se semearmos pensamentos de ‘pobreza’. Procuremos desenhar coisas felizes em nossa mente, o máximo possível.

Semeando-se berinjela, germinará berinjela; semeando-se melão, germinará melão. Isto é a lei. Lei é uma norma segundo a qual ‘as coisas surgem devidamente, sob as condições apropriadas’. É o próprio Deus que se manifestou sob forma de lei para que pudéssemos nos servir delas. Se Deus atuasse arbitrariamente, e não atribuísse o devido efeito à devida causa, seria impossível vivermos. Por exemplo: se o pão que mata a fome hoje, trouxesse, pelo contrário, a fome amanhã, e fosse impossível prever o que poderia acontecer depois de amanhã, nem sequer poderíamos nos alimentar tranquilamente. Assim a vida não pode ser mantida. E se as leis trouxessem um resultado ‘x’ para uma pessoa e ‘y’ para outra sob as mesmas condições, não poderia subsistir a ciência. As leis, que são manifestação de Deus, são imparciais, e não se deixam influenciar pelo sentimentalismo.

Assim, a lei é uma manifestação de Deus, é imparcial e não é algo movido pelo sentimentalismo. Se você desenhar na mente a ‘infelicidade’, de nada adiantará orar a Deus para que não venha a infelicidade. Podemos comparar o ‘mundo das leis’ ao solo, o ‘homem’ ao semeador e o ‘pensamento’ à semente. Nós semeamos no ‘solo’ da lei as ‘sementes’ do pensamento. A semente germina, cresce, floresce e dá frutos em conformidade com a lei, e nós colhemos exatamente aquilo que semeamos. Se semearmos berinjelas, não adianta dizermos ‘eu não gosto de berinjelas’, nem orar a Deus rogando para que transforme a berinjela em pepino, pois germina aquilo que foi semeado. Se não gostamos daquilo que está crescendo agora, só nos resta semear uma outra ‘semente do pensamento’.

Semeie a semente que você preferir. Desenhe na mente aquilo que você deseja e semeie-o no ‘mundo da lei’. Se você deseja ter saúde, mentalize durante cinco minutos, ao despertar pela manhã, e antes de levantar-se da cama, o seguinte: ‘Eu sou Filho de Deus e tenho saúde.’ Assim, você semeará a semente do ‘pensamento’ daquilo que você deseja. Você poderá mentalizar simplesmente tenho saúde, sem dizer ‘Eu sou Filho de Deus’. Porém, todas as pessoas têm no subconsciente a ideia de que não há nada superior a Deus, e por isso o efeito será maior quando o pensamento for ligado à ideia de Deus, pois, apoiado nessa força poderosa, será grandemente reforçada a sensação de saúde. Quando pensamos ‘eu quero tal coisa’ a potência da mentalização será baixa porque o ‘eu’ e o ‘objeto pensado’ estão separados. É importante que seja reforçada, até o ponto de emocionar-se, no íntimo de nossa vida, de uma forma direta e imediata, a consciência de que nossa própria vida é Vida de Deus. ”
 

 Excertos de Shinri, volume 9, de Masaharu Taniguchi, Nippon Kyobun Sha Co. Ltd., Tóquio (1958), a partir da tradução em português (2a edição) da Seicho-no-Ie do Brasil, 1983. Texto somente para estudo e uso pessoal.

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