Ressuscitemos o nosso Cristo interno

Meditando obre o significado espiritual profundo da crucificação e da ressurreição de Cristo. Também disponível em Pensamento Novo - Brasil.

“(…) O verdadeiro significado da ressurreição de Jesus após a crucificação é: ressuscitar no fundo da mente subconsciente de toda a humanidade a convicção de que o homem é filho de Deus, com a anulação da consciência de ‘filho do pecado’, através do sofrimento de Jesus. Não é a ressurreição de uma pessoa apenas, mas a ressurreição de toda a humanidade. Não poderia haver ressurreição tão grande quanto essa. A Páscoa deve ser celebrada por esse motivo. (…)

A ressurreição consiste no nascimento de uma nova convicção: libertar-se do mundo físico imperfeito de falsa existência e convencer-se intimamente da ‘vida perfeita’ do mundo de existência real, originariamente criado por Deus. É uma visão muito limitada, considerar a ressurreição de Jesus como um mero fenômeno extraordinário ocorrido há pouco mais de 2000 anos na Judéia. Em sentido lato, o verdadeiro significado da ressurreição de Jesus Cristo é o despertar e o ressuscitar do Cristo que se aloja no fundo da alma de toda a humanidade, do Cristo interno que dormia até este momento. O Cristo que declarou ‘Vou, e venho para vós’ [João 14:28], é o Cristo interno que vive no fundo da alma de todos os homens. E é isto que devemos ressuscitar em nossa consciência.

A paz virá em nossa alma quando convencermo-nos intimamente da nossa filiação divina. A paz da alma trará a paz da mente; a paz da mente trará a paz do corpo; a paz do corpo se manifesta como saúde. Se a sabedoria de filho de Deus influenciar os negócios de uma pessoa ela será bem-sucedida; se o amor de filho de Deus influenciar a comunidade internacional, a paz será concretizada no meio internacional; se o amor de filho de Deus influir no lar, reinará a harmonia no lar. Acima de tudo, é fundamental ressuscitar o Cristo que vive no íntimo de cada pessoa. Quando ressuscitares o Cristo em teu íntimo, ressurgirá aí o reino de Deus e será estabelecido o paraíso.”


Por Masaharu Taniguchi (a partir da tradução em português, da Seicho-no-Ie do Brasil, São Paulo, 1976, pp. 144-147, de Kofuku wo Maneku 365 sho, Nippon Kyobunsha Co., Ltd., Tóquio, 1959). Texto somente para estudo e uso pessoal.